Consumidor condena as empresas por uma medida tomada por organismo regulamentador nacional
Chapecó (13.2.2014) - A proibição da venda de combustíveis em garrafas pet não foi determinada pelos postos. A decisão foi tomada pela Agência Nacional do Petróleo - ANP ao baixar a resolução 41/2013. No entanto, sem conhecimento real e erroneamente, os consumidores entendem que a posição é dos próprios postos. A atitude “está causando sérios transtornos”, lamenta o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Chapecó - Sindipostos Sérgio Galli.
A situação preocupa e muito “por que a integridade física de empresários e trabalhadores está em risco”. Galli explica que não são os postos que não querem vender: a legislação é quem determinou o fim do transporte de combustíveis em garrafas pet, vidros ou sacos plásticos. O produto só pode ser transportado fora do tanque quando acondicionado em recipientes específicos. São galões certificados pelo INMETRO que atendem exigências da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.
Ocorre que as empresas que comercializam as embalagens não estão conseguindo atender a demanda. Elas pedem pelo menos trinta dias de prazo para entregar os galões com capacidade para cinco e vinte litros. Esse impasse gerou descontentamento de clientes e muito constrangimento às empresas revendedoras de combustíveis. “Estamos agindo para elucidar o problema que não foi gerado por nós”, diz o líder patronal. “É isso que o consumidor precisa entender”, acrescenta.
Faturamento - Não existem números oficiais, mas estima-se que em Chapecó mais de 20 mil litros de combustíveis eram vendidos todos os meses, transportados em vasilhas indevidas. O volume que os postos estão deixando de vender é elevado e, com isso, todos estão deixando de faturar, revela Galli. Entende, porém, que a segurança deve ser prioridade.
Todos os postos exibem cartaz explicando o assunto, mas não é suficiente para convencer a clientela. O presidente do Sindipostos concorda que existem muitos casos em que os consumidores não podem ficar parados por falta de combustível. É o caso de máquinas agrícolas, moto serras, cortador de grama e outros pequenos equipamentos que, nem sempre podem ser levados ao posto para serem abastecidos. Isso está causando um grande impacto “que precisa ser solucionado com a maior brevidade possível”, pede o dirigente sindical.